O ator americano Richard Gere irá depor a 6 de outubro no julgamento do político italiano Matteo Salvini, acusado de bloquear o desembarque de migrantes resgatados em 2019, quando era ministro do Interior. pelo navio da ONG espanhola Open Arms no Mediterrâneo.
O Tribunal de Palermo (ilha da Sicília)que está a julgar o caso, intimou hoje o requerente a testemunhar, tal como solicitado na audiência anterior de 9 de junho, confirmando Efe fontes do processo.
Salvini, o atual vice-presidente do governo, está a ser julgado na capital siciliana por estar impedido de o fazer durante cerca de 20 diasem agosto de 2019, o desembarque de 163 imigrantes recapturados pela Open Arms no Mediterrâneo, no âmbito da sua política de “portos fechados”.
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Gere testemunhou a situação a bordo do navio de salvamento, como em 9 de agosto desse ano. ele levou mantimentos para o navio, uma intervenção recordada pelo fundador da ONG, Oscar Camps, na audição anterior.
“Ele telefonou-me para perguntar o que podia fazer, eu disse-lhe para se encontrar comigo em Fiumicino e que ele iria vamos juntos para Lampedusa“, explicou Camps na altura, dizendo que o ator “se encarregou de comprar frutas e legumes e alugou um barco para transportar o que tinha sido comprado.
“As pessoas tinham estado no mar durante demasiados dias com doenças infecciosasA falta de água não ajudava a situação, e o médico já não conseguia aguentar mais… Havia muita tensão a bordo, faltava tudo, tivemos de fazer muitas viagens para levar água e medicamentos, e a situação física e psicológica não era fácil”, recorda Camps.
O foi desbloqueada graças à intervenção do Tribunal Administrativo do Lácio, que permitiu o desembarque na ilha de Lampedusa devido à situação a bordo, após vinte dias de bloqueio.
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Salvini, acusado do crimes de rapto de pessoas e abuso de poder, alegou, por seu lado, que o navio humanitário “foi assistido de todas as formas”. e denunciou que o objetivo da ONG tinha por objetivo forçar a Itália a aceitar os imigrantes.
“A ONG tinha recusado indignamente ajudas e portos em Malta e em Espanha, à custa de um aumento dos dias de navegação. O objetivo era apenas desembarcar em Itália“, afirmou numa nota.
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