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A Nicarágua recusa-se a assinar a declaração da UE e da CELAC que condena a invasão da Ucrânia pela Rússia

Os líderes da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) acordaram na terça-feira em sem a Nicarágua a declaração final da cimeira que condena a guerra de agressão russa na Ucrânia.

Este facto foi confirmado pelo Emmanuel MacronNo final da reunião, Emmanuel Macron afirmou “As discussões que tivemos demonstraram a unanimidade menos uma da CELAC. Eles estavam realmente alinhados sobre o texto”, comentou, referindo-se à aceitação da Venezuela e de Cuba. O presidente francês também teve reuniões paralelas com os seus homólogos brasileiro, colombiano, argentino e venezuelano para promover a democracia na Venezuela.

Macron garantiu que ainda não foi esclarecido se um texto de conclusões de ambos os blocos, excluindo a Nicarágua, ou uma declaração do presidente do Conselho Europeu será escolhido no final, Charles Michele atual presidente da CELAC, Ralph Gonsalvesque, segundo fontes diplomáticas, acabou por ser a opção escolhida, confirmada a Europa Press.

(Divergências sobre a guerra na Ucrânia impedem “reunião” entre a UE e a América Latina)

Este comunicado surge após negociações de última hora para chegar a conclusões que fossem aceites pelos 27 países da UE e pelos 33 países da CELAC. Para além da Nicarágua, Venezuela e Cuba foram os outros dois principais opositores da declaração. Embora, de acordo com fontes diplomáticas EfeNa manhã de terça-feira, as negociações com Caracas e Havana puderam registar progressos.

Em particular, o país da América Central, que é o mais próximo da Rússia na região da América Latina e que tem apoiado Moscovo nas votações para denunciar a guerra de agressão na Assembleia das Nações Unidas, tem sido o principal obstáculo a um texto comum devido à sua recusa de aceitar o vocabulário utilizado pelas Nações Unidas para condenar a guerra.

Macron fala aos meios de comunicação social durante a cimeira UE-CELAC em Bruxelas, na terça-feira.

Reuters

Entre as expressões que geraram discórdia está a de “guerra contra a Ucrânia”e não o conflito “entre” Kiev e Moscovo, como defende a Nicarágua. De acordo com Efeo texto final inclui também uma referência ao passado colonial da Europa.

Emmanuel Macron afirmou na terça-feira que a reunião entre os Governo e o Oposição venezuelana para tentar encontrar soluções que facilitem a realização de eleições democráticas, livres e inclusivas em 2024 foi um dos pontos importantes da agenda da cimeira UE-CELAC.

Na reunião, que contou também com a presença dos presidentes de Brasil, Argentina e Colômbia e a Comissão Europeia, foi acordado continuar a trabalhar na questão “nos próximos meses”, disse Macron aos jornalistas.

O governo venezuelano foi representado na reunião pelo vice-presidente Delcy Rodrígueze a oposição do chefe da delegação da Plataforma Unitária, Gerardo Blyde.

(María Corina, a opositora desqualificada na Venezuela: “Feijóo e os deputados espanhóis apoiam-me”.)

Macron explicou que se tratava de “uma reunião bastante longa”que deu seguimento à reunião realizada em novembro passado em Paris entre a oposição e o governo venezuelano, cujas conclusões serão formalmente registadas em um comunicado.

Na ausência deste texto, o Presidente francês explicou que discutiram as “próximas etapas das negociações políticas com vista a preparar as eleições de 2024 e também um processo que acompanha estas negociações, o levantamento das sanções”.

“Mas, sobretudo, aquilo a que chamamos a reafirmação do que se chama o ‘o processo mexicano’.As condições políticas e, ao mesmo tempo, económicas e sociais que devem acompanhar este movimento. Nos próximos meses, realizaremos reuniões sobre este assunto”, concluiu.

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Marcia Pereira

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