Quase uma centena de guardas prisionais estão a ser detidos em cinco prisões que fazem parte da 13 prisões onde os reclusos estão em greve de fome.Segundo o Servicio Nacional Integral a Personas Privadas de Libertad (SNAI), responsável pelo sistema penitenciário do país andino.
O maior número de agentes detidos encontra-se na prisão de Turiperto da cidade de Cuenca, no sul dos Andes, onde há 40, seguida pelas prisões de Latacunga (Cotopaxi), com 25; de Machala (El Oro), com 14; de Archidona (Napo), com 12; e de Azogues (Cañar), com 5.
Segundo o SNAI, neste momento, os prisioneiros em greve de fome pertencem a prisões das províncias de Imbabura, Napo, Chimborazo (2), Tungurahua, Azuay, Cañar (2), El Oro, Loja, Guayas, Cotopaxi e Pichincha.
(O Equador entra na rota da droga na América Latina: Guayaquil já ultrapassa Ciudad Juárez em termos de criminalidade)
O SNAI ainda não especificou o número de presos em greve de fome a nível nacional, nem as razões desta medida de força.
De acordo com EfeNos meses anteriores, outros grupos de prisioneiros ligados a um grupo de crime organizado organizou um protesto semelhante para exigir transferências para outras prisões.
https://twitter.com/SNAI_Ec/status/1683485850456162305?ref_src=twsrc%5Etfw” target=”_blank” rel=”noopener
Esta greve de fome começou no domingo, coincidindo com uma série de confrontos entre grupos de criminosos na Penitenciária do Litoral, localizada na cidade de Guayaquil e oficialmente chamada Centro de Privación de Libertad Guayas número 1, que deixou um total de 6 mortos e 11 feridos.
Desde 2020, as prisões do Equador têm sido palco de uma série de massacres em que mais de 450 prisioneiros foram mortos em confrontos entre bandos rivais que lutam pelo controlo interno das prisões.
Esta situação é agravada pelas condições das prisões, com uma sobrelotação que, em alguns casos, pode atingir 50% da capacidade da prisão.
A situação de violência também se estendeu às ruas, com grupos de crime organizado a lutarem pelo controlo das rotas do tráfico de droga, especialmente na zona costeira, onde se situam os portos que fizeram do Equador um dos principais trampolins para a cocaína que chega à América do Norte e à Europa.
Siga os temas que lhe interessam