O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, avisou que um grupo de 100 mercenários wagnerianos deslocou-se da Bielorrússia para as imediações da fronteira com a Polónia, mais concretamente para a cidade de Grodno.
Mateusz Morawiecki disse numa conferência de imprensa que os mercenários se tinham aproximado do Suwalki Gap, um trecho estratégico do território polaco localizado entre a Bielorrússia e Kaliningrado, um território russo separado do continente.
Esta aproximação levanta tensões tanto na União Europeia como na NATO.uma vez que a Polónia é membro de ambas. A fronteira bielorrusso-polaca já é um local tenso há muito tempo, sobretudo desde que começaram a chegar vagas de migrantes do Médio Oriente e de África para entrar na UE através da Polónia e da Lituânia.
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O governo polaco acusou a Rússia e a Bielorrússia de utilizarem os imigrantes para desestabilizar o país e a UE. Considera os fluxos migratórios como um método de guerra híbridaque põe em causa as relações diplomáticas e a estabilidade nacional e social, pelo que optou pela construção de um muro alto ao longo de uma parte da sua fronteira com Minsk. No entanto, para Morawiecki, “a situação é agora ainda mais perigosa”.
A aproximação do Grupo Wagner ao país da NATO é “é, sem dúvida, um passo para um novo ataque híbrido ao território polaco”.sublinhou o primeiro-ministro. Os receios aumentaram desde que mercenários chegaram à Bielorrússia para o motim contra Moscovo no início do verão.
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